quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Eu rio das coisas


Eu rio de muitas coisas.
Mas não rio de coisa qualquer.

Certas coisas me fazem rir sem parar,
outras me fazem parar de rir.
casso meu sorriso por dias e não o encontro,
nalgum segundo deparo-me imergido na sorrideira
atmosfericamente presente

o sorriso é meu e não rio em lugar de outro,
se outro riu, não garanto rir também

meu riso não é comprável
nem comparável a preço algum,
tem grande valor que cifra nenhuma
pode afagar

nem sempre rio,
mas quando rio, não sei explicar,
se explico, fico abaixo ou ameno do gracejar

nas prateleiras não há risos em pacotes, nem em lotes.
eles vem não sei de quão distante nem donde,
mas vem, sempre em bandos iguais a pássaros
voando indirecionados e mirados na
face do que espera n'alma facetear

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