terça-feira, 29 de outubro de 2013

Meus sentimentos me inquietam

Os meus sentimentos me sufocam, maltratam-me e me acorrentam.
Covardemente me lançam sobre o mar sem ao menos uma boia
Forçam-me a andar milhas a sol
Dão-me chances apenas de chorar ... e choro!

Meus sentimentos me libertam, alegram-me e me regozijam
Piedosamente me permitem andar sob espinhos sem me ferir
Convidam-me a voar e sentir a brisa virginal
Fazem-me rir de tamanhas glórias ... e rio, dou berros!

Meus sentimentos... não os quero perder
aquele que me roubar cometerá latrocínio
pois morrerei se não puder ser sensível
aos incômodos piscares suspirantes desta vida!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Aos Professores

Alguns cuidam mais dos filhos que
as próprias mães, brincam mais que os irmãos
e protegem mais que os pais,

já os tive como família,
confundindo-os como membro da
mesma casa e os assemelhando
que pareciam ser do mesmo sangue

na sociedade são artérias, sem eles
não se encaminham decisões, sem
professores as vias param e sufocam
o crescimento

Certos professores são uma dádiva,
desenvolvem mais que a economia e
administram mais que os governos.
Só o Professor pode cultivar um Agricultor

Professores catequizam mais que os pastores,
constroem mais que engenheiros,
vigiam mais que policiais,

vivem na vida de cada um de nós
mais que qualquer outro cidadão
ou qualquer outra profissão!

Não tem como esquecer do Professor!

Professores são especiais, meus parabéns!

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A quem você está seguindo?

Se você diz não seguir ninguém, estará certamente menos livre por não admitir que ocultamente a seus próprios olhos, está submetido as solas de um Torturador, seu Algoz. Seja feliz entonces!

Quando se está mal

quando não se está com
saúde, muita coisa é chata.
a sobra e a falta entedia
até o que não era enfado
enfado se torna e entorna.
minhas vias com a pouca paciência
vai andando e ceifando sem piedade
os que chatos se fazem perto de mim

meu íntimo vaia negramente
todos que negramente vem
vender suas vantagens que
a meu ser não valem um vintem

quando se está mal
sem saúde
nada tem valor

terça-feira, 8 de outubro de 2013

A Poesia é a vida (Dia do Nascituro)

Minha poesia é a vida
meu poetizar é viver
se não vivo, não suspiro
se não suspiro não penso
e no sepulcro estou e de lá
meu caro vivente não posso emitir
minhas vivas letras poemáticas


minha fala é a vida
se me enterrar
poderá não ouvir-me
falar por ai nem mesmo
rimar ou questionar
com as combinações matrimoniais
de minhas palavras

meu poema é o casamento de minhas
rimas e de meus verbos que vitam
vitalmente o berro sobre a morte
que mortos não querem estar

meu poema é a vida
deixem-me nascer para chorar sentir
e prazeirar, sem vida não há gozo
nem praia ou mar

sem vida nada há
nada é e nada será
que coisa burra é viver a morte
que coisa linda e parruda é
buscar a vida num instante da vida
e não querer sair do viver
é safo arder-se que outro viva
sem matá-lo ou impedi-lo de ser
um respirante e aspirante do nascer

hoje vivo a vida
e mesmo com palavras absurdas
e particulares, num momento em que se mata
nos lares e nos governos e ONUs escandalares
vou gritando e acenando que
sou um poeta da vida

mesmo com poucas vírgulas
ou pontos, vou compondo e fazendo pontes...
se minha poesia não bater na
cara da morte, por favor mate-a.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

‘Semana nacional de poesia de vanguarda’ começa no saguão da Reitoria da UFMG

segunda-feira, 30 de setembro de 2013, às 5h59

Em 1963, o saguão da Reitoria da UFMG recebia a Semana nacional de poesia de vanguarda, evento em que muitos dos principais nomes da poesia brasileira se reuniram para expor suas obras aos demais e ao público e para discutir os rumos da literatura feita no país.

Hoje, 30 de setembro, exato meio século depois, o mesmo espaço volta a receber uma edição do evento, que expõe novamente as obras de que consistiram a mostra de 1963 – mas agora em diálogo com a vanguarda produzida na contemporaneidade.

Se naquela ocasião as obras expostas remetiam a nomes como os paulistas Augusto e Haroldo de Campos e ao mineiro Affonso Ávila, na mostra de hoje se somam a eles expoentes de uma vanguarda mais recente e mesmo atual, como Arnaldo Antunes, Carlos Ávila, Paulo Leminski e Ricardo Aleixo.

A mostra estará aberta a partir das 17h, e segue aberta à visitação – apesar do nome “semana” – até o dia 17 de outubro.

Conferência internacional
No dia 10 de outubro, quinta-feira, o auditório do prédio da Reitoria recebe uma conferência internacional como parte da programação da Semana. Às 19h, a ensaísta e crítica norte-americana Marjorie Perloff, professora emérita da Universidade de Stanford, nos EUA, conversará com o público a partir do mote Conceptual poetry and the question of emotion (Poesia conceitual e a questão da emoção).

Na ocasião, Marjorie vai lançar o livro O gênio não original: poesia por outros meios no novo século. Também será lançado, no mesmo dia, um catálogo da exposição, reunindo as obras expostas na edição de 1963. “São obras que, apesar de estarem nos livros de cada autor, até então não haviam sido reunidas em um único volume”, comenta Paulo Schmidt, responsável pela museografia da mostra.

O professor Wander Melo Miranda, da Faculdade de Letras (Fale), também diretor da Editora UFMG, é o responsável pela organização da exposição. A promoção é do Centro de Estudos Literários e Culturais (Celc) da UFMG, com apoio da Pró-reitoria de Planejamento.


1963: Reitor da (na época) UMG, Orlando Carvalho, à direita, discursa na abertura da Semana. Em segundo plano, ao centro, de óculos, o escritor Emílio Moura

Fonte: UFMG
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