Deus, escuta-me
não posso viver só
não sou meu pai
nem sou mãe de mim mesmo
não sou meu irmão
não sou meu amigo
nem companheiro
não me indico o melhor caminho
não me corrijo, não me animo
não me forço, empurro ou resgato
não namoro comigo mesmo
não dialogo nem me respondo ou questiono
não me faço carinhos ou carícias
não me carrego nos braços
não me ergo do fundo do posso
não ando a me procurar quando perdido
Deus, meu Deus
não posso viver só
mesmo quando corro e fujo dos
outros, eu não posso ficar só
eu não sou fonte de mim mesmo
não sou meu Senhor
não me sustento
do que preciso, não posso me oferecer
sou pobre e jamais me enricarei
se viver na solidão
sou um Necessitado
preciso que cuidem de mim
que me ampare, me sopre
me guie, corrija, abrace, belisque
e urgentemente que me ame
Senhor Deus, és Tu que hoje
necessito, sustenta minha Alma
e todo meu Ser combalido
e infértil, fraco e desonesto
mentiroso e doente,
enfermo de pecado e inexatidão
empoeirado e longe de Ti.
Grito com a garganta rasgada
pelos ares áridos que tive de engolir
então sem conseguir mais nada
de mim que não tenho
peço que Socorra-me
por favor!
quarta-feira, 19 de junho de 2013
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Namoro - Feliz dia dos Namorados
Namoro
Bela vivência onde se pode respirar melhor. Namorar é um verbo rico, singelo e jovem. Digo até abençoado, só namora quem Deus olha, fora disto é outra coisa.
Quem namora nunca é visto só, mesmo que pareça. Quem namora sabe o valor de um abraço, sabe dividir as dores e alegrias, sabe dar as mãos e se exibir por ai com cara iluminada e dentes salientes.
Quem namora também chora, chora de saudades e chora pela distância, as vezes saudades de minutos e distância de centímetros, um exagero!
Eu namoro e muita gente também. E namorar é está lúcido e parecendo perder a lucidez, é rir do nada, do acaso e do delicioso cheiro da presença do amado.
Os enamorados são um tanto complicados, sabe tudo do outro e quase não se entendem. Em momentos chegam a briguinhas que parecem aumentar o poder do imã, fazendo atrair o amado com mais poder.
Após caras fechadas, silêncios longos e costas dadas, a volta é mais açucaradas e mais estratificante do dizer 'te amo'. Eita doçura!
Aos que esqueceram de namorar, ressuscitem! Aos que não sabem como, aprendam e nunca vão se arrepender. Aos que correram de medo, voltem. Aos que apaixonadamente o fazem, cuidado!
Perdidos como fazer? Peçam àquele que a isto criou, Deus Nosso Senhor. Olhos atentos e não deixem escapar os lenços caídos e as belas e santas oportunidades.
Amor, Castidade e Respeito!
Feliz dia dos Namorados
terça-feira, 11 de junho de 2013
Poema a Virgem - Padre José de Anchieta
Escrito pelo Padre nas areias da Praia de Iperoig em Ubatuba.
Minha alma, por que tu te abandonas ao profundo sono?
Por que no pesado sono, tão fundo ressonas?
Não te move à aflição dessa Mãe toda em pranto,
Que a morte tão cruel do FILHO chora tanto?
E cujas entranhas sofre e se consome de dor,
Ao ver, ali presente, as chagas que ELE padece?
Em qualquer parte que olha, vê JESUS,
Apresentando aos teus olhos cheios de sangue.
Olha como está prostrado diante da Face do PAI,
Todo o suor de sangue do seu corpo se esvai.
Olha a multidão se comporta como ELE se ladrão fosse,
Pisam-NO e amarram as mãos presas ao pescoço.
Olha, diante de Anás, como um cruel soldado
O esbofeteia forte, com punho bem cerrado.
Vê como diante Caifás, em humildes meneios,
Aguenta mil opróbrios, socos e escarros feios.
Não afasta o rosto ao que bate, e do perverso
Que arranca Tua barba com golpes violento.
Olha com que chicote o carrasco sombrio
Dilacera do SENHOR a meiga carne a frio.
Olha como lhe rasgou a sagrada cabeça os espinhos,
E o sangue corre pela Face pura e bela.
Pois não vês que seu corpo, grosseiramente ferido
Mal susterá ao ombro o desumano peso?
Vê como os carrascos pregaram no lenho
As inocentes mãos atravessadas por cravos.
Olha como na Cruz o algoz cruel prega
Os inocentes pés o cravo atravessa.
Eis o SENHOR, grosseiramente dilacerado pendurado no tronco,
Pagando com Teu Divino Sangue o antigo crime! (Pecado Original cometido pelos primeiros pais)
Vê: quão grande e funesta ferida transpassa o peito, aberto
Donde corre mistura de sangue e água.
Se o não sabes, a Mãe dolorosa reclama
Para si, as chagas que vê suportar o FILHO que ama.
Pois quanto sofreu aquele corpo inocente em reparação,
Tanto suporta o Coração compassivo da Mãe, em expiação.
Ergue-te, pois e, embora irritado com os injustos judeus
Procura o Coração da MÃE DE DEUS.
Um e outro deixaram sinais bem marcados
Do caminho claro e certo feito para todos nós.
ELE aos rastros tingiu com seu sangue tais sendas,
Ela o solo regou com lágrimas tremendas.
A boa Mãe procura, talvez chorando se consolar,
Se as vezes triste e piedosa as lágrimas se entregar.
Mas se tanta dor não admite consolação
É porque a cruel morte levou a vida de sua vida,
Ao menos chorarás lastimando a injúria,
Injúria, que causou a morte violenta.
Mas onde te levou Mãe, o tormento dessa dor?
Que região te guardou a prantear tal morte?
Acaso as montanhas ouvirão Teus lamentos?
Onde está a terra podre dos ossos humanos?
Acaso está nas trevas a árvore da Cruz,
Onde o Teu JESUS foi pregado por Amor?
Esta tristeza é a primeira punição da Mãe,
No lugar da alegria, segura uma dor cruel,
Enquanto a turba gozava de insensata ousadia,
Impedindo Aquele que foi destruído na Cruz.
Mãe, mas este precioso fruto de Teu ventre
Deu vida eterna a todos os fieis que O amam,
E prefere a magia do nascer à força da morte,
Ressurgindo, deixou a ti como penhor e herança.
Mas finda Tua vida, Teu Coração perseverou no amor,
Foi para o Teu repouso com um amor muito forte!
O inimigo Te arrastou a esta cruz amarga,
Que pesou incomodo em Teu doce seio.
Morreu JESUS traspassado com terríveis chagas
ELE, formoso espírito, glória e luz do mundo;
Quanta chaga sofreu e tantas LHE causaram dores;
Efetivamente, uma vida em vós era duas! (Natureza Humana e Divina do SENHOR)
Todavia conserva o Amor em Teu Coração, e jamais
Evidentemente deixou de o hospedar no Coração,
Feito em pedaços pela morte cruel que suportou
Pois à lança rasgou o Teu Coração enrijecido.
O Teu Espírito piedoso e comovido quebrou na flagelação,
A coroa de espinhos ensanguentou o Teu Coração fiel.
Contra Ti conspirou os terríveis cravos sangrentos,
Tudo que é amargo e cruel o Teu FILHO suportou na Cruz.
Morto DEUS, então porque vives Tu a Tua vida?
Porque não foste arrastada em morte parecida?
E como é que, ao morrer, não levou o Teu espírito,
Se o Teu Coração sempre uniu os dois espíritos?
Admito, não pode tantas dores em Tua vida
Suportar, aguentando se não com um amor imenso;
Se não Te alentar a força do nascimento Divino
Deixará o Teu Coração sofrendo muito mais.
Vives ainda, Mãe, sofrendo muitos trabalhos,
Já te assalta no mar onda maior e cruel.
Mas cobre Tua Face Mãe, ocultando o piedoso olhar:
Eis que a lança em fúria ataca pelo espaço leve,
Rasga o sagrado peito ao teu FILHO já morto,
Tremendo a lança indiferente no Teu Coração.
Sem dúvida tão grande sofrimento foi à síntese,
Faltava acrescentá-lo a Tuas chagas!
Esta ferida cruel permaneceu com o suplício!
Tão penoso sofrimento este castigo guardava!
Com O querido FILHO pregado a Cruz Tu querias
Que também pregassem Teus pés e mãos virginais.
ELE tomou para SI a dura Cruz e os cravos,
E deu-Te a lança para guardar no Coração.
Agora podes, ó Mãe, descansar, que possui o desejado,
A dor mudou para o fundo do Teu Coração.
Este golpe deixou o Teu corpo frio e desligado,
Só Tu compassiva guarda a cruel chaga no peito.
Ó chaga sagrada feita pelo ferro da lança,
Que imensamente nos faz amar o Amor!
Ó rio, fonte que transborda do Paraíso,
Que intumesce com água fartamente a terra!
Ó caminho real com pedras preciosas, porta do Céu,
Torre de abrigo, lugar de refúgio da alma pura!
Ó rosa que exala o perfume da virtude Divina!
Jóia lapidada que no Céu o pobre um trono tem!
Doce ninho onde as puras pombas põem ovinhos,
E as castas rolas têm garantia de suster os filhotinhos!
Ó chaga, que és um adorno vermelho e esplendor,
Feres os piedosos peitos com divinal amor!
Ó doce chaga, que repara os corações feridos,
Abrindo larga estrada para o Coração de CRISTO.
Prova do novo amor que nos conduz a união! (Amai uns aos outros como EU vos amo)
Porto do mar que protege o barco de afundar!
Em TI todos se refugiam dos inimigos que ameaçam:
TU, SENHOR, és medicina presente a todo mal!
Quem se acabrunha em tristeza, em consolo se alegra:
A dor da tristeza coloca um fardo no coração!
Por Ti Mãe, o pecador está firme na esperança,
Caminhar para o Céu, lar da bem-aventurança!
Ó Morada de Paz! Canal de água sempre vivo,
Jorrando água para a vida eterna!
Esta ferida do peito, ó Mãe, é só Tua,
Somente Tu sofres com ela, só Tu a podes dar.
Dá-me acalentar neste peito aberto pela lança,
Para que possa viver no Coração do meu SENHOR!
Entrando no âmago amoroso da piedade Divina,
Este será meu repouso, a minha casa preferida.
No sangue jorrado redimi meus delitos,
E purifiquei com água a sujeira espiritual!
Embaixo deste teto (Céu) que é morada de todos,
Viver e morrer com prazer, este é o meu grande desejo.
Nota do Blog:
Lindo e tocante, mas tocante mesmo!
Minha alma, por que tu te abandonas ao profundo sono?
Por que no pesado sono, tão fundo ressonas?
Não te move à aflição dessa Mãe toda em pranto,
Que a morte tão cruel do FILHO chora tanto?
E cujas entranhas sofre e se consome de dor,
Ao ver, ali presente, as chagas que ELE padece?
Em qualquer parte que olha, vê JESUS,
Apresentando aos teus olhos cheios de sangue.
Olha como está prostrado diante da Face do PAI,
Todo o suor de sangue do seu corpo se esvai.
Olha a multidão se comporta como ELE se ladrão fosse,
Pisam-NO e amarram as mãos presas ao pescoço.
Olha, diante de Anás, como um cruel soldado
O esbofeteia forte, com punho bem cerrado.
Vê como diante Caifás, em humildes meneios,
Aguenta mil opróbrios, socos e escarros feios.
Não afasta o rosto ao que bate, e do perverso
Que arranca Tua barba com golpes violento.
Olha com que chicote o carrasco sombrio
Dilacera do SENHOR a meiga carne a frio.
Olha como lhe rasgou a sagrada cabeça os espinhos,
E o sangue corre pela Face pura e bela.
Pois não vês que seu corpo, grosseiramente ferido
Mal susterá ao ombro o desumano peso?
Vê como os carrascos pregaram no lenho
As inocentes mãos atravessadas por cravos.
Olha como na Cruz o algoz cruel prega
Os inocentes pés o cravo atravessa.
Eis o SENHOR, grosseiramente dilacerado pendurado no tronco,
Pagando com Teu Divino Sangue o antigo crime! (Pecado Original cometido pelos primeiros pais)
Vê: quão grande e funesta ferida transpassa o peito, aberto
Donde corre mistura de sangue e água.
Se o não sabes, a Mãe dolorosa reclama
Para si, as chagas que vê suportar o FILHO que ama.
Pois quanto sofreu aquele corpo inocente em reparação,
Tanto suporta o Coração compassivo da Mãe, em expiação.
Ergue-te, pois e, embora irritado com os injustos judeus
Procura o Coração da MÃE DE DEUS.
Um e outro deixaram sinais bem marcados
Do caminho claro e certo feito para todos nós.
ELE aos rastros tingiu com seu sangue tais sendas,
Ela o solo regou com lágrimas tremendas.
A boa Mãe procura, talvez chorando se consolar,
Se as vezes triste e piedosa as lágrimas se entregar.
Mas se tanta dor não admite consolação
É porque a cruel morte levou a vida de sua vida,
Ao menos chorarás lastimando a injúria,
Injúria, que causou a morte violenta.
Mas onde te levou Mãe, o tormento dessa dor?
Que região te guardou a prantear tal morte?
Acaso as montanhas ouvirão Teus lamentos?
Onde está a terra podre dos ossos humanos?
Acaso está nas trevas a árvore da Cruz,
Onde o Teu JESUS foi pregado por Amor?
Esta tristeza é a primeira punição da Mãe,
No lugar da alegria, segura uma dor cruel,
Enquanto a turba gozava de insensata ousadia,
Impedindo Aquele que foi destruído na Cruz.
Mãe, mas este precioso fruto de Teu ventre
Deu vida eterna a todos os fieis que O amam,
E prefere a magia do nascer à força da morte,
Ressurgindo, deixou a ti como penhor e herança.
Mas finda Tua vida, Teu Coração perseverou no amor,
Foi para o Teu repouso com um amor muito forte!
O inimigo Te arrastou a esta cruz amarga,
Que pesou incomodo em Teu doce seio.
Morreu JESUS traspassado com terríveis chagas
ELE, formoso espírito, glória e luz do mundo;
Quanta chaga sofreu e tantas LHE causaram dores;
Efetivamente, uma vida em vós era duas! (Natureza Humana e Divina do SENHOR)
Todavia conserva o Amor em Teu Coração, e jamais
Evidentemente deixou de o hospedar no Coração,
Feito em pedaços pela morte cruel que suportou
Pois à lança rasgou o Teu Coração enrijecido.
O Teu Espírito piedoso e comovido quebrou na flagelação,
A coroa de espinhos ensanguentou o Teu Coração fiel.
Contra Ti conspirou os terríveis cravos sangrentos,
Tudo que é amargo e cruel o Teu FILHO suportou na Cruz.
Morto DEUS, então porque vives Tu a Tua vida?
Porque não foste arrastada em morte parecida?
E como é que, ao morrer, não levou o Teu espírito,
Se o Teu Coração sempre uniu os dois espíritos?
Admito, não pode tantas dores em Tua vida
Suportar, aguentando se não com um amor imenso;
Se não Te alentar a força do nascimento Divino
Deixará o Teu Coração sofrendo muito mais.
Vives ainda, Mãe, sofrendo muitos trabalhos,
Já te assalta no mar onda maior e cruel.
Mas cobre Tua Face Mãe, ocultando o piedoso olhar:
Eis que a lança em fúria ataca pelo espaço leve,
Rasga o sagrado peito ao teu FILHO já morto,
Tremendo a lança indiferente no Teu Coração.
Sem dúvida tão grande sofrimento foi à síntese,
Faltava acrescentá-lo a Tuas chagas!
Esta ferida cruel permaneceu com o suplício!
Tão penoso sofrimento este castigo guardava!
Com O querido FILHO pregado a Cruz Tu querias
Que também pregassem Teus pés e mãos virginais.
ELE tomou para SI a dura Cruz e os cravos,
E deu-Te a lança para guardar no Coração.
Agora podes, ó Mãe, descansar, que possui o desejado,
A dor mudou para o fundo do Teu Coração.
Este golpe deixou o Teu corpo frio e desligado,
Só Tu compassiva guarda a cruel chaga no peito.
Ó chaga sagrada feita pelo ferro da lança,
Que imensamente nos faz amar o Amor!
Ó rio, fonte que transborda do Paraíso,
Que intumesce com água fartamente a terra!
Ó caminho real com pedras preciosas, porta do Céu,
Torre de abrigo, lugar de refúgio da alma pura!
Ó rosa que exala o perfume da virtude Divina!
Jóia lapidada que no Céu o pobre um trono tem!
Doce ninho onde as puras pombas põem ovinhos,
E as castas rolas têm garantia de suster os filhotinhos!
Ó chaga, que és um adorno vermelho e esplendor,
Feres os piedosos peitos com divinal amor!
Ó doce chaga, que repara os corações feridos,
Abrindo larga estrada para o Coração de CRISTO.
Prova do novo amor que nos conduz a união! (Amai uns aos outros como EU vos amo)
Porto do mar que protege o barco de afundar!
Em TI todos se refugiam dos inimigos que ameaçam:
TU, SENHOR, és medicina presente a todo mal!
Quem se acabrunha em tristeza, em consolo se alegra:
A dor da tristeza coloca um fardo no coração!
Por Ti Mãe, o pecador está firme na esperança,
Caminhar para o Céu, lar da bem-aventurança!
Ó Morada de Paz! Canal de água sempre vivo,
Jorrando água para a vida eterna!
Esta ferida do peito, ó Mãe, é só Tua,
Somente Tu sofres com ela, só Tu a podes dar.
Dá-me acalentar neste peito aberto pela lança,
Para que possa viver no Coração do meu SENHOR!
Entrando no âmago amoroso da piedade Divina,
Este será meu repouso, a minha casa preferida.
No sangue jorrado redimi meus delitos,
E purifiquei com água a sujeira espiritual!
Embaixo deste teto (Céu) que é morada de todos,
Viver e morrer com prazer, este é o meu grande desejo.
Nota do Blog:
Lindo e tocante, mas tocante mesmo!
Jesus na Manjedoura. Poema do Padre José de Anchieta
- Que fazeis, menino Deus,
Nestas palhas encostado?
- Jazo aqui por teu pecado.
- Ó menino mui formoso,
Pois que sois suma riqueza,
Como estais em tal pobreza?
- Por fazer-te glorioso
E de graça mui colmado,
Jazo aqui por teu pecado.
- Pois que não cabeis no céu,
Dizei-me, santo Menino,
Que vos fez tão pequenino?
- O amor me deu este véu,
Em que jazo embrulhado,
Por despir-te do pecado.
- Ó menino de Belém,
Pois sois Deus de eternidade,
Quem vos fez de tal idade?
- Por querer-te todo o bem
E te dar eterno estado,
Tal me fez o teu pecado.
Padre José de Anchieta.
* As Obras de José de Anchieta foram as primeiras manifestações literárias em terras brasileiras.
Nestas palhas encostado?
- Jazo aqui por teu pecado.
- Ó menino mui formoso,
Pois que sois suma riqueza,
Como estais em tal pobreza?
- Por fazer-te glorioso
E de graça mui colmado,
Jazo aqui por teu pecado.
- Pois que não cabeis no céu,
Dizei-me, santo Menino,
Que vos fez tão pequenino?
- O amor me deu este véu,
Em que jazo embrulhado,
Por despir-te do pecado.
- Ó menino de Belém,
Pois sois Deus de eternidade,
Quem vos fez de tal idade?
- Por querer-te todo o bem
E te dar eterno estado,
Tal me fez o teu pecado.
Padre José de Anchieta.
* As Obras de José de Anchieta foram as primeiras manifestações literárias em terras brasileiras.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Sequestrado pelo Amor
Fui sequestrado pelo Amor. Serei resgatado por quem me ama. Serei entregue por amar. Permanecerei vivo se amado for.
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Sou pai e mãe
Mas não me venha pensar
coisas grotescas
Não tenho útero, o que tenho é
gogó, não por falar demasiado,
mas por ser um Varão
não sou pai e mãe por
particionar meu pastoreio
familiar, muitos fazem isto
menos ainda confuso-me
em definições contrárias
a minha natureza, sou um
apenas, e que crime querer
ser dois! um já me dá trabalho.
Ser dois é pra quem gosta da carne e
foge do Espírito
sou pai e mãe e todo mundo o é.
você, eu, ele, eles, nós e quem
não quer ou quem não aceita
meus tecidos, estatura, pigmentos,
calmas, orgulho, tensões e habilidades
herdei deles. Não sou eu sem eles,
Não sou eu sem meu pai,
não sou eu sem minha mãe.
sou do espermatozoide e do ovócito
Benza a Deus!
coisas grotescas
Não tenho útero, o que tenho é
gogó, não por falar demasiado,
mas por ser um Varão
não sou pai e mãe por
particionar meu pastoreio
familiar, muitos fazem isto
menos ainda confuso-me
em definições contrárias
a minha natureza, sou um
apenas, e que crime querer
ser dois! um já me dá trabalho.
Ser dois é pra quem gosta da carne e
foge do Espírito
sou pai e mãe e todo mundo o é.
você, eu, ele, eles, nós e quem
não quer ou quem não aceita
meus tecidos, estatura, pigmentos,
calmas, orgulho, tensões e habilidades
herdei deles. Não sou eu sem eles,
Não sou eu sem meu pai,
não sou eu sem minha mãe.
sou do espermatozoide e do ovócito
Benza a Deus!
Assinar:
Postagens (Atom)