sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Mundo em caos


o mundo não é estável
tudo muda quando
tudo não esperamos mudar

o homem não tem controle 
de nada neste mundo

tudo desliga, tudo nasce
tudo morre
quem controla também 
morre, quem dita não sabe
o que fala

ninguém possui o ontem
nenhum tem o amanhã
não se sabe as horas ao certo.
o que é o peso, a medida e a distância?

os raios podem aparecer
e destruir tudo, o vento não sei de onde,
pode vir, balançar e me bagunçar

nada fica no lugar, os montes
outrora eram vales, daqui a dias
ficarão aplainados

águas caem, sobem. frutas nacem,
esverdeam e apodrecem
caem, geram sementes, fundam-se 
no chão, fecudam e brotam

o gado muge sem ninguém mandar
os bebês cagam, os jovens beijam
as mãe choram, os pais protegem

podre é quem pensa controlar tudo
estamos instáveis. fogo aqui, gelo
ali, vento cá, sol lá

caos, brigas, descontroles, insanidades,
noites, vulcões, tempestades, separações
deserções, mutilações, perseguições
e mentiras, dores e contendas,
guerras e palavras, mísseis e caixões

não estamos estáveis
o mundo não pára, a velocidade é gigante
o eixo não quebra, a rotação não se mede
é muito poder para segurar este mundo
não há facilidade. Não ha controle

ninguém é perene, quando começa a 
conhecer chega-se ao fim, o pulmão cansa
o cerebro pira, volta a ser criança
ninguém alcança, o pico deste monte

a Tradição permanece,
aquilo que falaram ficou, pessoas foram
e ideias ficaram, ficam eternas
nas mentes novas, que passam
como uma corrente, onde cada 
demente é um gomo

se não sou elo, me torno
farelo, uma fagulha apagada,
um fogo fumegante, um caniço trincado,
num mundo irrequieto

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