quinta-feira, 28 de abril de 2011

Luz para meus pés

Como pode ser?
Em ti está minha vida
Não é predição,
nem tão pouco premunição
parece não haver razão
para acreditar meu humano encontra rejeição
as vezes digo não ter condição

mas vivendo encontro
a verdade em cada linha e cada ponto
tem história, poema e conto

a sabedoria é sublime e divina
é pura, forte e cristalina
a realidade nua e crua também me ensina

depois de te conhecer
jamais deixarei de ler
mesmo que difícil entender
nunca deixarei de crer
que teus escritos só me faz crescer
com tuas palavras poderei ver
o caminho que devo percorrer
porque luz para meus pés sempre há de ser

em minha vida aberta sempre estará
para que mesmo engatinhando eu saiba testemunhar
com humildes exemplos eu possa pregar
em meios as contrariedades nunca negar
o que dizes da vida nunca duvidar
que é palavra do Senhor sempre vou acreditar

não fico sem ti um dia se quer
pois com tua presença serei um homem de fé
instigado por ti, exaltarei aquele que é
te lendo e relendo ajoelho de pé

partilhando teus versos, ouvirei o Senhor
alimento da vida e remédio pra dor
digno de toda honra e todo louvor

terça-feira, 26 de abril de 2011

Feliz Páscoa

Quero te desejar uma Feliz Páscoa
Que você neste tempo reaja para a Vida
Que você receba o sopro novo
Viva a Vida
Seja pascal
Viver sem páscoa, é deprimente, é dar-se à morte
Viva em Cristo
Encare com nova cara
Seja uma nova criatura
Abrace a vida nova que Cristo te dá
Seja diferente
deixe o engodo
despeça o velho
desamarre-se
o novo é amor
é bonito e novidoso
deixe surgir o que não existe
inspire e expire
expurgue o imprestável
beba, coma, ouça, cheire e sinta
abrace o sorriso
o novo vem do infinito
caminhou até sua presença
espera sua decisão

no novo há alegria
há espera e certeza
há vitória e fé
há amor
em tudo isto há Jesus
vivo e Ressuscitado

Feliz e Santa Páscoa

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Música me encanta

eu, tu e ele
todos nós cantamos
cantamos porque é belo
mas também o que nem sempre belo é
cantamos a alegria
damos notas às lamentações

ninguém é músico,
mas todos cantam
todos entoam notas
todos balançam

quero cantar a música
como não sei, tento poetizá-la
confesso ser difícil
a música é uma alta mulher
ela me obrigou a estudá-la
falar dela é sempre pouco
mas como é bela

alguns tortos tentam bloqueá-la
coitados, ela é intorteada
arranca aplausos
minam lágrimas
multiplica rezas
une diferentes
permanece em tantos recantos

falando sério
como é linda esta mulher
embeleza qualquer fala
suaviza e encanta
envolve e facilita
modera e afaga

os feios e fracos são por ela protegidos
é presente nas nações
não é acorrentada

posso ouvi-la pelo silêncio
e por sua ordenação
acompanho seus compassos
fecha-se ao outros
quem dela abre mão

com os pingos, ela existe
vem o vento e a faz
chega a noite e é bem vinda
pela manhã tem seu estilo

devo admirá-la
pois nasci e a ouvi
menino a escutei
jovem com ela namorei
adulto com ela casei
cabelos brancos com ela descansei

um canto novo devo cantar
com o coração a Deus rezar
cantando oro duplamente
todos os males espantando
e musicando o amar

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Sentido e as Coisas

Percebo que as coisas existem
elas me chamam a atenção
querem de mim o meu eu
desejam os meus sentidos
as vezes brigo com eles

as imagens veem aos meus olhos
querem trancá-los em si
envolvem minha visão
reclamam minha atenção

as existências me clamam
querem ser vistas
desejam ser lidas
e meus sentidos como soldados de chumbo seguem
meus olhos e minha audição parecem os peões do xadrez
vão a frente se entregando primeiro

as imagens nem sempre são doces
muitas são amargas
outras são piores
vestem-se de mel

os objetos encantam
as coisas gritam
o existente berra
imperam em mim
querem minha atenção
arrolam meus sentidos

querem meus olhares
buscam meu olfato
amam meu ouvir
detestam minha ignorância
enamoram minha atenção
desejam minhas carícias

sonham com meus passos
choram minha distância

terça-feira, 19 de abril de 2011

A cegueira se foi

Fecho meus olhos e não vejo nada
percebo que isto não me faz cego

ando pela vida, ainda menino, não sei sobreviver
isto não me faz um cego
em idade tenra não tenho mais os braços maternos
percebi que me tornei órfão
passei por penúrias, sem roupas e muito frio
fome e próximo da miséria
isto não me trouxe cegueira

adquiri calos, cansaços e dores
não me deram chances e não cuidaram de mim
gritaram e me expulsaram
me roubaram e caluniaram
isto não me fez um cego

roubei, menti e trai
prostitui, fumei e bebi
gastei, perdi e não aprendi
chorei e fingi que sorri
prostrei e me escondi
levantei e voltei a repeti
pequei, gostei e morri
isto me fez um cego

quando achei que via
foi só enganação
miragens de belezas inexistentes
peles, contornos e nudez
promessas e cantos
abraços sem braços
dores e prantos
não ando, sou somente cegueira
atravesso o vale escuro
pouso-me à margem da vida
não sou convidado

escuto uma voz
é como se pudesse ver
meu coração acelera
grito uma vez, grito novamente
me fiz escutar
quero sair desta noite

suspiro, converso com Ele
sou envolvido pela Luz
não sou mais oculto
Ele me fez enxergar
sou Bartimeu

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O Ladrão e O Bem

Querido
aproxime-se, venha cá
não olhes pra baixo
não te culpes
abra teus ombros
sua confissão inicia em teus olhos
em teus suspiros e em teu andar

vens aqui
perceba que há somente o amor e o amado
tu és o amado
machucado e sem posses
pobre
paupérrimo
és o mais miserável
não tens o que é teu

vejo que procuras infinitamente
estás andando desde de manhã
chega a noite e ainda não vislumbrou
teu dom é procurar o que tem infinito valor
não sabias disto né?!
a procura te dói e te algema
ninguém procuras como tu
arrisca tudo o mais
arrisca a própria vida e seguranças
investe seu tudo à procura do cimo
não sabes qual o valor
és ignorante ao nome do Bem
nada e nenhum ouro te convence

tuas asas, coragem e fulgor querem alcançar o majestoso
aquilo que jamais se encontra no tempo

agora descanse
tua procura se finda aqui
olhe
aproxime-se
pode pegar
é teu
tua procura acabou
e não vão te condenar

sei que não estás acreditando que te seja dado
pensavas que deveria ser por surrupio

Ainda hoje estarás comigo no paraíso

é teu o meu coração
recebe meu amor
ganhastes sem culpas
o acesso ao meu Reino

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A morte

É meu caro, ela existe!!!
existe mesmo!!!
não duvido, não pergunto!!!
apenas afirmo!
as vezes o coração bate apressadamente, confesso.
ela é tão presente,
até exclamei nas primeiras linhas, foram três em cada

morte. Isto é lá palavra pra se falar ou se escrever
a escrita é muito bela para tal!

Então me diga, não se deve falar ou escrever do existencial?
sim, mas de morte! Por favor

caro. Caríssimo.
leia-me, escute-me
morte é um momento,
determinantemente curto
talvez um tempo de um raio
certo que virá

convido a vê-la de uma outra forma
não temerás depois disto
vou te dizer que da forma que andas não serás muito bom não
olhe para dentro de você
vês o que?
ai dentro tens apenas coisas menores que a morte?
por acaso não tens algo mais forte? algo que a desafia?

antes que me responda o que é,
digo que a então desafiante morte é desafiada pela Fé
se tens, és mais forte que ela
com a fé, não serás nunca frágil diante deste acontecimento
a fé ultrapassa o tempo
trás o eterno
empossa o imortal

o imortal vive, não morre
entende a morte e a vê de cima
ela não o alcança, não o agarra
ela é pequena, não possui aguilhão que segure a vida
é vencida
a morte é velha
velha completamente velha
vive do passado
ela vencia
era imponente
prendia
era temida

o novo diz que não é mais
o novo a fez vencida
ela permaneceu velha
onde está tua vitória, ó velha?
onde está teu aguilhão?

a morte, meu caro, está vencida
foi vencida pela vida
foi tragada pela vitória

sábado, 9 de abril de 2011

O Sol parece sempre de bem e do bem também

Jamais vi o Sol acompanhado
talvez seja por isto o seu nome
quem sabe não seja seu apelido
Mesmo ele vendo a todos ou pelo menos
a maioria, ele parece sempre estar só

Mesmo assim solitário, o sol não parece infeliz
Ele se apresenta com vigor constante
Nunca falha, parece ser pontual, mesmo que não se vê
ele se assegura que está presente em algum lugar
Ninguém o domina
muitos o consideram uma divindade, que coisa!
mas não é, ele mesmo prova isto
O Sol parece sempre de bem e do bem também
Não sei a idade dele,
sei que possui uma boa quantidade de janeiros
Quanto ao temp de vida, é ainda ele que faz esta contagem... que coisa!
Com tanta idade, não o vejo cansado
parece sempre estar jovem
Isto é o que a humanidade quer:
Ter vigor de um jovem com a experiência de um ancião
Parece bobeira falar dele, mas como não falar?!?
Está sempre presente, acontece que quando dele precisamos
passamos a desejá-lo com um ardor
que digam os praieiros, férias sem ele não existem
com que combina um bom sorvete?
As vezes muitos também deixam de agir por culpa dele. Que isto?
Que culpa ele tem? É feio falar assim, parece mais desculpa de preguiçoso
Ele vê tudo, até as coisas ocultas, mas parece ser bom de segredo
não conta nada pra ninguém, mas cuidado, ele é por excelência um revelador
Alguns dizem conhecê-lo, mas num acredito muito não, quem já esteve tão perto dele?
Confesso que não dá para entende-lo,
alguns sugerem que deve-se procurá-lo, mas com cuidado,
ao mesmo tempo deve-se evitar, mas não demais, que coisa!
No fundo o sol é legal, é camarada
posso dizer que é humilde, verdade!
ele aceita desaparecer para que outros brilhem em seu lugar
ele testemunha a vida da humanidade
ele leva o velho e não o devolve
ele trás o novo de graça e não o toma
O Sol nasceu de uma palavra: "Façam-se luzeiros"
Foi no quarto dia.
Nesta Terra ele é a maior luz
mas ele sabe que quando vier a Nova,
a Luz será Jesus.

Sacro

A chuva tem falas suaves
Ao se deixar ouvir, há um obter sábio da natureza
Ouvindo o pingar ininterrupto de cada minúsculo exemplar
da água, vejo também o poder que ela demonstra

O Homem, mais amado que as águas
deveria também ser suave igual aos pingos
Possui-se isto quando se fala pelo Espírito

A fala dos pingos não tem linearidade
é como uma criança, diz, fala e comunica
não calcula reverses, não trama, apenas segue falando

O falar de um pingo é semelhante a chegada de um
pequenino a um parque, quando deseja experimentar de tudo
consumindo suas forças

O pingo não é infértil
é puro
faz o que lhe é devido
vem do criador
é profético

O pingo é litúrgico
chega e se esparrama
não contesta
é manso e humilde
é suave e obediente
é sinalizador e congrega

Um beijo aos pingos da chuva
grande sacralidade do Meu Senhor.

Casamento: Chegada e Partida. Deus o quer

Casamento é Ápice
Casamento é Coroação
Casamento é uma linha de Chegada
Casamento é Condecoração
Tudo isto de uma vida onde os dois não eram Um.
Após isto, após os dois serem Um
O Casamento é o Ponto de partida
O Primeiro grito, suspiro de uma nova vida
O Primeiro Passo A Primeira Palavra
O Primeiro Beijo O Primeiro Toque
A Primeira Atitude de ser Um apenas

Deus ama o Casamento. Quem casa não se encontra em um estado, se encontra em ser, é aquilo que É. Supliquemos a Jesus que liberte os povos das ervas daninhas jogadas nos casamentos, fazendo –os infrutíferos, feiosos e odiosos.
Quanta contaminação, quanto medo, quanta distância...

Há sacralidade neste bojo, é onde nasce vida, amor, brotos...
Desta beleza brota significados, explicações e descobertas
Quantas curas se obtêm! Digo que são inúmeras

Lembro de quantos casados não se beijam, não se tocam e não se sacramentam

Que grande maravilha e belo é um tocar o outro: brilham o encontro da força e do suave
Olhos nos olhos, desejos e respeitos mútuos

Ele a Ela
“Teus lábios, ó esposa, destilam o mel; há mel e leite sob a tua língua. O perfume de tuas vestes é como o perfume do Líbano.És um jardim fechado, minha irmã, minha esposa, uma nascente fechada, uma fonte selada”

Ela a Ele
“Sua boca é cheia de doçura, tudo nele é encanto. Assim é o meu amado, tal é o meu amigo”

Cânticos dos Cânticos, capítulos 4 e 5.

O dia não vem triste

Cada dia é um Jardim de opções com cores e aromas variados dados por Deus a cada um de nós. A tristeza só vê espinhos, Aproveitemos o belo!Chega a Segundona, meu corpo não está tão tranquilo como deveria, não se encontra cansado, mas só sabe falar 'basta', como se fosse um copo cheio que não cabe mais nada.

Sei que preciso me movimentar, trabalhar, pensar... mas o corpo e de alguma maneira a própria segunda diz "nada de novo, não me dê fadigas..."

Se faço o que o corpo me diz, não sinto cheiro, não vejo cores, não entendo o novo e não me abro, não me ligo...

Ai me vem Aquele que é sempre novo, engenhoso, criativo e forte. Duma maneira tal que não me é estranho nem exterior, vem como um amigo de infância conhecedor dos meus menores e maiores esforços... e diz mostrando como viver a cada dia.

E cada dia não é obscuro, não é espinhoso, não é cinzento, não é ofensor ao meu olfato. Deus me dá um dia como um belo e grandioso jardim de opções as quais eu posso escolher, é verdade, eu posso escolher, isto é maravilhoso e gostoso.

Obrigado pelo Jardim de Hoje meu Belo e Amado Deus.
Tu és Lindo meu Santo Senhor.
Eu te Amo.

Em toda a natureza está impressa a divindade de Deus

Quem é tão insensível diante das obras visíveis de Deus?
Como não notar?
É tão grande poder que não se permitem permanecer no invisível
Deus imprime na Natureza a sua digníssima vontade

É bonito ver a beleza da face de Deus demonstrada pela natureza
É tão lindo, é tão provocante, é tão tocante
Tens reparado? Dê-se a isto, pare e repare
Volte seu olhar, sinta, reflita, observe, absorva

Meu Deus, digo-Vos, és tremendamente Criativo, és infinitamente detalhista
Acho que foi por tantos detalhes que fizestes descansar
Se ainda não reparastes, vês quantas notas diferentes para o canto dos pássaros
E quantos maravilhosos cantos diferentes
Sem falar nos donos dos cantos, quantas penas, asas, bicos, olhos e maneiras
Pássaros trabalhadores, fiéis, cantores, companheiros, faladores, faxineiros e redentores

E as plantas, as flores, árvores. São maravilhosas
São mães, meninas, bebês
Alimentam, protegem, fazem histórias, são referências
Na verdade nas bananeiras vi o cumprimento do "Sede, pois, fecundos e multiplicai-vos"
Têm mães, avós, irmãs, netas e nunca cessam de multiplicar

As rosas dão a beleza e também a dureza
Oferecem a suavidade e a rigorosidade
São a pintura da misericórdia e a justiça
As pétalas e os espinhos
A majestade a ser conquistada

Os pingos da chuva escondem tão grande ordenamento
O sol sempre jovem
Os ventos soprando onde quer
Suavizando o rosto calorento, levando o velho e trazendo o novo

A virgindade de toda a natureza é um segredo
A unidade de toda ela é poder
Ela fala, canta, desenha, louva e sorrir

Quanto cuidado tiveste com ela, meu Deus
Como pensastes com detalhes e com carinho
Cada curva, cada descida, cada balançar
Ninguém pode cantar o que é Ela

Em toda a natureza está impressa a divindade de Deus
A simplicidade dos pombos, a prudência das serpentes,
A força dos cavalos, o olhar dos gaviões, o pulo dos gatos,
O trabalho das formigas, a fidelidade dos cães, a memória dos elefantes

Em tudo isto meu Deus, sobre toda esta boa obra,
Obras expressíveis de vossas mãos, destes-nos uma ordem
"enchei a terra e submetei-a. Dominai".
Em toda vossa obra, determinastes teu amor ao Homem.
Obra de Vossas mãos, a quem ama, por quem troca reinos, a quem destes a vida.

"Senhor, meu Deus, são maravilhosas as vossas inumeráveis obras e ninguém vos assemelha nos desígnios para conosco. Eu quisera anunciá-los e divulgá-los, mas são mais do que se pode contar". (Sl 39,6)

"Vinde admirar as obras do Senhor, os prodígios que ele fez sobre a terra". (Sl 45,9)

"pois vós me alegrais, Senhor, com vossos feitos; exulto com as obras de vossas mãos". (Sl 91,5)

"Ó Senhor, quão variadas são as vossas obras! Feitas, todas, com sabedoria, a terra está cheia das coisas que criastes". (Sl 103,24)

Mulheres lindas por natureza, és uma grande beleza de Deus

Você não é objeto
és forte
engana-se quem pensa ser frágil
és linda, muito linda
naturalmente linda
és uma enorme graça
de ti surge vida
outro não tem esta honra

és meiga e acolhedora
naturalmente sim
aguarda, acolhe e protege
és a cara do perdão
és a parte suave dos traços
possui e esconde robustez

és companheira
tens fôlego incomparável
és incomparável, única e mutável
teu sopro é suave e forte
tua presença afugenta sombras

quem te imita, não te alcança
és naturalmente inalcançável
teus lábios não tem igual
és linda e bem tracejada
vês de outra forma
da forma mais bela

não abandonas, mesmo que pese
és companheira, mesmo nas lágrimas
alegras na vinda
choras na ida
teus braços são suaves
e sustenta uma vida

Mulheres lindas por natureza, és uma grande beleza. Deus as lembrou da melhor forma possível. Deu-lhes uma garra incomparável.

Sejam as bem-aventuradas donas
Sejam as prudentes
Sejam as que não abandonam
Não sejam como ‘Dalilas’ nem ‘Herodíades’
Sejam como Raquel
Sejam como Maria
Fiel, Forte, Piedosa, Casta, Prudente, Sábia...
Naturalmente Mulher

Queria gritar ao mundo que há melhor forma de se viver

Queria gritar ao mundo que a vida é bela e os dias são feitos para sermos felizes.
Queria que todos tivessem um puro olhar, para contemplar as belezas da natureza, dos acontecimentos e dos filhos de Deus.
Queria que todos compreendessem que ninguém é mais importante que ninguém.
Queria que a pressa desse lugar a esperança. E que neste esperar, os viventes pudessem respirar corretamente sem assassinar as dádivas de cada dia.
Queria que todos vivessem o seu tempo, a sua idade e sua hora.
Que as propriedades de cada ponto da natureza sejam contempladas e amadas.
Que a arte da escrita, das palavras, dos sentidos e do louvor aponte o infinito.

Que os mansos compreendam os valentes e que ambos sigam a virtuosa retidão.
Queria que o jubiloso alegrasse o triste.
Que o forte amparasse o fraco.
Que o calmo tranqüilizasse o histérico.
Queria que o rico vivesse o pobre.
Que o poderoso respirasse o amor.
Que a transpiração, a face e os sonhos expressassem quem é o verdadeiro Criador.
Que todos se entregassem ao silêncio para poder absorver e compreender a filialidade a Deus

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Eu e as palavras

As palavras não são minhas
eu apenas as vejo
não tenho posse
não as apalpo
não tenho força em segurá-las

consigo livremente ordenar cada uma
mas são mais fortes
mostram o sentido próprio
sentido mais alto que o meu

fica belo por elas serem livres
se fossem presas deixariam de ser lindas
são como pétalas
exalam cheiros e imagem virginalmente

seu nome as acolho
livre com elas viajo e balanço
com elas ajunto um texto
um parágrafo talvez
mas não as acorrento

rio, choro e sinto com elas
elas me cercam
sem elas não vivo
elas me explicam
elas me guiam

são energizadas
comprometem quem as pronuncia
simbolizam e vivem
derrubam e soerguem
formam o mundo
retiram tudo do vazio

é plural
são divinas
é única
vem de uma imagem
é singular

Quero dizer que eu preciso

Estou em meio a uma praça
onde todos me rodeiam
olham para mim como se fosse um louco
a falar coisas estranhas
coisas que nunca ouviram antes
eles me julgam com os olhos
não desejam se aproximar de mim

mas o que tenho a dizer é um desabafo
e quando tiverem inflamados e em lágrimas dirão o mesmo
só não entendem porque não sentem como eu
mas sinto que o que digo os fará bem
quero chamar atenção de todos
isto faz parte do que me dói

o que sinto é o impulso de falar
falar do que preciso
falar que sou incompleto
eu preciso de alguém
não me basto
preciso de alguém que me diga coisas que não sei
que me diga que estou mal
que ando errado
que falo alto demasiadamente
que sou opaco
que sou dúbio

preciso de alguém que pense diferente
que veja diferente
que se imponha, que me empurre ou que me puxe
que me agarre, que grite
que abra meus olhos e me corrija
preciso de alguém que me mostre o Mestre
que mostre o Rumo
que encaminhe ao Certo

Preciso falar que sou um apenas
que não venço na solidão
que só sou vencido

preciso de outros ouvidos
que me escutem e me lapide
que me instrua

preciso ouvir de quem me ama
que não tenha medo de mim
que me diga que os vícios quebram
que os devaneios são incertos
que a maconha alucina e não me ajeita
que meu parceiro tem que ser meu oposto

eu preciso que sopre o novo nas minhas narinas
preciso que me deem vida
preciso que me tirem o excesso
preciso que me desintoxiquem
que me lavem e me levem
preciso de abraços de outros braços
que tenho que viver o difícil e o casto
que devo conquistar
que devo subir montanhas
que devo vencer, mesmo que não vença

preciso que destrua Minhas obras
que me ensine a recomeçar

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Aos meus pais

Seu João e Zil

João José dos Santos

Virgilina Nogueira Santos

Estão lá no céu

garantidos e cristalinos

alegres no peito de Jesus

sorrindo umbilicalmente com o Senhor

com o Pai, Filho e o Espírito Santo

 

Estão lá, vendo o que não viram aqui

contemplam o que acreditavam

tocam na Glória que deixaram aqui

 

agora faço-os uma homenagenzinha

dei-me a juntar algumas palavras

que uns dizem ser poesias

não sei se é

seria poema?

num sei

 

sei agora de onde vem

vem de Jo e Zil

Pai e Mãe

Assim foi da vontade de Deus

Obrigado Senhor

 

Amo meus pais

grandes

gigantes

vencedores

felizes

fieis

vivos na Eternidade

joezil poesias
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