Por Rodrigo Gurgel
Certos escritores insistem na idéia de que o ato de narrar tem algo de místico.
Já falei aqui sobre autores que se dizem dominados por suas personagens. Mas há também aqueles que afirmam não escolher suas próprias histórias: “Elas se impõem”, falam alguns, como se narrativas surgissem do nada ou fossem desfiadas por um gênio semelhante à criança que, sem saber o que faz, puxa o fio de um novelo.
É evidente que há uma base de intuição no processo criativo — mas é também evidente que, dentre as várias histórias possíveis, a escolha de uma em especial obedece a determinado conjunto de auto-imposições: ninguém, em sã consciência, decide escrever sobre o que desconhece ou não pesquisou.
Um autor não precisa ter a experiência de Joseph Conrad para escrever aventuras marítimas, mas será obrigado, como Patrick O’Brian, por exemplo, a fazer minuciosas pesquisas, consultar especialistas, viajar. (Leiam a entrevista de O’Brian na Paris Review.)
E não bastam apenas pesquisas. Devemos pensar no planejamento que uma obra requer — para evitar incongruências, absurdos.
Hoje, quando qualquer conto ampliado recebe o nome de “romance”, o planejamento tem merecido o menosprezo de alguns supostos experts e de muitos escritores.
Leia o restante aqui
Fonte: Rodrigo Gurgel
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
As lágrimas
Não se explicam as lágrimas
Não são traduzíveis,
Não são interpretáveis,
As lágrimas são imperiosas,
falam por si mesmas,
Não escolhem faces,
Escorrem de olhos conectados
ao coração. Emitem sinais
de singelezas daqueles
que só sabem amar.
Não são traduzíveis,
Não são interpretáveis,
As lágrimas são imperiosas,
falam por si mesmas,
Não escolhem faces,
Escorrem de olhos conectados
ao coração. Emitem sinais
de singelezas daqueles
que só sabem amar.
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