quarta-feira, 13 de junho de 2012

O Justo não morre


O justo que veio antes
não morreu,
olho seus dias no retro visor,
os seus passos
que o tempo não apagou


vejo seus pés ainda 
a caminhar
vejo as luzes e seu
brilho a uma 
multidão a guiar


não morreu o justo
que antes veio,
ele se foi, mas vive
e ainda está


olho no fronte visor,
ainda vejo, devo acompanhar
se eu pouco andar,
velho vou ficar e morto
eu poderei estar


a justiça não morre,
ela é íngreme ao Céu,
sempre altiva e leve
para si, peso
para os pesados


o justo tem véu,
o véu do tempo
que cobre a realeza
de um rei revestido
de preciosidades


os dias não poderão 
envelhecer ou fazer
esquecer o iluminado,
o ungido, santo
e escolhido, para concluir
aquilo que deveria ser.


* Dedico esta Poesia ao Reverendíssimo Dom Luiz Bergonzini

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